Minha Vida Na França, são memórias de Julia Child, conhecida por ter introduzido entre os americanos a culinária francesa. Julia é autora do best seller Mastering the Art of French Cooking, escrito em 1961, e dois anos depois estreou o programa de televisão The French Chef, sucesso de audiência nos dez anos em que ficou no ar e que lhe valeu um Emmy Awards. Julia faleceu em 2004 aos 92 anos, mas antes contou ao escritor Alex Prudhomme como o casamento com Paul Child, um homem refinado, funcionário da área cultural do governo americano e designado em 1948 para servir em Paris, mudou a sua vida e a de milhares de americanos, que até hoje usam o seu livro de receitas para se aventurar nos primeiros passos ou se aprimorar na arte da culinária francesa. Baseado em cartas, fotografias e documentos pessoais, Minha Vida Na França é recheado de lembranças dos passeios e viagens que ela e seu marido empreenderam pela França, além de histórias das saborosas aventuras gastronômicas, com a descrição apurada da chef sobre pratos e os vinhos, ressuscitando os sabores e odores para o deleite do leitor. O livro conta ainda como Julia se viu envolvida pela Paris dos anos 50 e como o prazer de comer e de servir o marido a levou a cozinhar segundo as regras de "la cuisine bourgeoise". E como, ao fazer compras nas feiras e mercados locais, passou a conhecer e a amar os franceses, a sua cultura, costumes e, sobretudo, a culinária. Também confessa que nem sempre foi uma mestra na cozinha: ao contrário, relata de forma divertida os desastres de suas primeiras experiências culinárias, tão bem retratadas por Meryl Streep no filme. É também a historia de superação pessoal de uma mulher que tinha tudo para se tornar uma dona de casa de classe média típica da sociedade americana pós-segunda guerra, mas tornou-se famosa e respeitada por introduzir a arte da culinária francesa na América. Superou a dificuldade de comunicação com os franceses; a "falta de jeito na cozinha"; conquistou o respeito dos colegas e do diretor do renomado Instituto Cordon Bleu e, de volta aos Estados Unidos, na década de 60, venceu a resistência dos editores para publicar o seu livro de receitas, tornando-se uma das mais cativantes mulheres americanas dos últimos tempos.
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