domingo, 26 de setembro de 2010

Mil-folhas: história ilustrada do doce

Nos quatro cantos do mundo, a gastronomia influenciou diversas culturas. Sexto livro da coleção Prismas, Mil-folhas é um passeio geográfico, histórico e literário pela história dos doces. A jornalista e tradutora Lucrecia Zappi, valendo-se de uma vasta bibliografia, traça este percurso em uma obra recheada de cartazes de época e imagens informativas que recuperam como a apreciação e feitura dos doces traduzem um comportamento cultural. O caminho do xicletl consumido pelos maias e astecas ao chiclete da Adam’s; o al-fahua dos árabes dando no tradicional alfajor argentino; as navegações em busca do açúcar; a Idade Média com suas docerias de conventos, são algumas das histórias saborosas deste Mil-folhas. A chef de cozinha brasileira radicada no Japão Mari Hirata confirma: “Além dos fatos históricos, Lucrecia recheia o livro com as delícias do açúcar e com as cores e sabores que despertaram a criatividade de grandes chefes também inventores”. Um livro delicioso de ser lido. A edição tem patrocínio da doceria Dulca, uma das mais tradicionais do Brasil, que em 2011 completa 60 anos.

A arte culinária de Jacira Camasmie

Durante 20 anos, Jacira Camasmie se dedicou à arte culinária, realizando cursos para a alta sociedade paulistana. Agora, seus filhos, Daisy Camasmie e Roberto Camasmie, prestam uma homenagem a ela e lançam em agosto um livro com a sua história e receitas selecionadas de seu acervo. Uma vida dedicada à arte gastronômica e à arte de receber e mais de cinco mil receitas testadas e catalogadas. Este é o legado de Jacira Camasmie (1916-2004) em um livro que, além das cerca de 150 receitas selecionadas, traça um panorama da culinária e do comportamento do século XX, com seus modismos, estrangeirismos, influências e elegância.

Na cozinha com Carolina

Desde pequena, na cozinha de sua mãe em Goiânia, Carolina já fazia alquimias culinárias. Às vezes acertava, às vezes estragava ingredientes e até panelas. Foi assim que aprendeu a cozinhar, a desenvolver suas próprias receitas e ter prazer em dar prazer aos outros. Sem pretensões de ser uma Chef, ela se autodenomina uma 'Dona Benta Pop'. Agora, ela quer dividir o que sabe com este livro, desde suas receitas aos arranjos de mesa, até a comida disposta no prato. Dá cardápios de final de semana para receber os amigos na praia e no campo, mostra como monta sua mesa, ensina os drinks que mais gosta de fazer e tudo o que faz para receber bem.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para onde foram os Chefs?

Poderíamos pensar que a gastronomia ainda tem um lugar a parte no panteão dos valores nacionais da França. Mas, lendo o ensaio corrosivo de François Simon, compreendemos que não é bem assim. Onde estão os grandes chefs? Em que terras de um exílio dourado, de Tóquio a Londres, foram eles investir um talento? Será que é preciso gerenciar um restaurante como se fosse uma multinacinal? François Simon é crítico gastronômico do Le Figaro, e neste livro, por meio de artigos ferinos, mostra que a gastronomia não mais ocupa um lugar à parte no panteão dos valores nacionais da França. O autor comenta que os Chefs, ao decidir implantar suas marcas mundo afora, nunca são encontrados onde realmente deveriam estar: na cozinha. Repudia ainda a moda de se copiar pratos no mundo gastronômico: o que seria uma proposta autoral passa a ter uma aparência falsificada, de prêt-à-porter culinário.

Fotografia culinária

A fotografia de alimentos, ou fotografia culinária, é um ramo da fotografia que, certamente, vende produtos através do belo visual e, por isso, é um dos mais valorizados. Para amantes ou profissionais dessa área, a Editora Desktop, juntamente com a Fototech, lançaram este livro que traz, em dezesseis capítulos, um panorama de fotografia contemporânea de culinária, com esquema de iluminação, fichas técnicas e descrições dos procedimentos e curiosidades sobre as fotos realizadas. As mais diversas maneiras de se entender esse típico segmento fotográfico são demonstradas, desde o approach poético ao rigor germânico das precisas produções publicitárias. Além disso, o lançamento vem suprir a necessidade de literatura técnica produzida no Brasil sobre fotografia de alimentos, uma das mais requisitadas pelo universo publicitário.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A cozinha da Alcobaça: receitas e histórias

A cozinha da Alcobaça é um livro de receitas e de histórias sobre culinária, sabores e costumes. A autora, Laura Góes, é a Chef de um dos restaurantes mais conhecidos da Serra Fluminense, o da Pousada da Alcobaça, em Petrópolis. Com instruções precisas, as receitas atendem a cozinheiros experientes e encorajam os primeiros passos de iniciantes. As histórias proporcionam uma leitura divertida até para quem não tem a menor intenção de cozinhar. A autora leva o leitor à imensa cozinha do casarão de 1914, reformado para se transformar em pousada, à horta onde colhe as verduras e ao jardim onde cultiva ervas para os temperos e framboesas para suas tortas. Proporciona, além disso, um tour pelos fornecedores dos famosos ingredientes da região. Laura se profissionalizou depois de uma longa carreira como educadora, à frente de colégios como o Palmares e o Gávea, em São Paulo. Ao escrever sobre sua formação culinária, ela desenha um painel das mudanças tecnológicas e de costumes registradas no Brasil nas últimas décadas. Passeia por épocas em que cozinhar mobilizava exércitos domésticos, com uma ajudante que depenava o frango, outra que ralava o coco e outra que batia as claras, e nos faz assistir ao avanço da exatidão: o sal “a gosto” e os “fogos espertos” dando lugar a gramas, mililitros, graus, minutos e segundos. Como acontece na melhor literatura de gastronomia, o livro é um retrato de valores culturais. A importância da boa comida nas relações humanas, memórias, manias, idiossincrasias. Encontram-se aqui boas práticas da culinária contemporânea e as lições longamente sedimentadas por uma mulher cozinhando para as pessoas que ama.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Armação pura: o sonho de viver em Búzios

Este é um livro de histórias divertidas, sobre a experiência de uma jornalista, urbana por excelência e cria de Ipanema, como moradora de Armação dos Búzios, cidade praiana situada no estado do Rio de Janeiro. De forma bem humorada, a autora vai flanando por caminhos inesperados, pelo balneário, levando o leitor a descobrir lugares, curiosidades e delícias reservados apenas para quem vive em Búzios e tem um olhar jornalístico apurado.

Aprendiz de cozinheiro

Para o jornalista Bob Spitz, o fim de um longo casamento e a crise dos 50 anos chegaram juntos. E isso ainda coincidiu com o momento em que terminou de escrever sua aclamada biografia dos Beatles. Sozinho, sem saber como seguir adiante, resolveu atravessar o Atlântico e se dedicar a uma grande paixão: cozinhar.
Spitz partiu para uma viagem pelas melhores escolas de culinária da França e da Itália. Teve aulas com grandes chefs em pequenas cozinhas domésticas de charmosas vilas do interior e em famosos restaurantes de Paris. Como bom jornalista, conseguiu extrair dos mestres seus mais valiosos segredos, que generosamente divide com o leitor: de técnicas como o preparo da omelete perfeita a pratos exclusivos e deliciosos. Pelo caminho, visitou regiões belíssimas, como a Provença, a Borgonha, a Toscana.
Com grande dose de ironia e humor, ele revela como essa aventura incrível o ajudou a superar a angústia e a desilusão amorosa, além de reencontrar o rumo de sua vida - e de sua cozinha!

O meu Alentejo: aventuras e dicas de uma brasileira

Sem a pretensão de ser um guia, "O Meu Alentejo", da jornalista Christina Autran é um relato apaixonado e impressionista da admiração e das experiências da autora no Alentejo, uma região adorável a pouco mais de uma hora de Lisboa.

O livro traz sugestões de passeios e programas agradáveis, além de recomendações pessoais de pouso e passadio.

A autora resgata divertidas lembranças de seu encontro com o povo local.

O Alentejo é terra hospitaleira, que oferece ao viajante, ou a quem decide fincar raízes no lugar, prazeres que estão ao alcance dos olhos e podem ser literalmente saboreados.